Mercado de fidelização, um dos grandes vencedores da pandemia
Empresas investem cada vez mais em programas de fidelidade para conquistar e reter clientes

A pandemia acelerou a digitalização de produtos, aumentando assim a concorrência entre várias empresas. Nesse cenário, os investimentos para atrair consumidores são fortes e, muitas das vezes, os empreendedores se vêem em um dilema sem saber se o cliente pode voltar ou não. Assim, adotar um tipo de programa de fidelização é essencial.
O que é um mercado de fidelização? Trata-se basicamente do acúmulo de pontos e a possibilidade de trocas por algum produto ou serviço oferecido ao consumidor. No Brasil, algumas das principais empresas do mercado de fidelidade incluem: Petrobras Premmia, LATAM Pass, Livelo, Itaú, Km de Vantagens, Tudo Azul, Banrisul, Dotz, Esfera, Bradesco Prime, Vivo Valoriza e In Mais.
Para o empresário e especialista em negócios Diego Arruda, a principal vantagem dos programas de fidelização está ligada à gestão do negócio. "Antes, o que era somente utilizado por companhias aéreas (tanto que nasceu o termo milhas), hoje está sendo explorado no varejo. Cada vez mais lugares estão aderindo ao programa de fidelização e o cliente atual gosta de ter vantagens em suas compras, seja com cupons de desconto, pontos resgatáveis, recompensas e ofertas especiais", disse.
Outra vantagem, de acordo com o especialista, está ligada às companhias aéreas e a possibilidade de emissões de passagens em Classe Executiva por até R$1.600 utilizando programas de fidelidade, como o Clube Livelo, por exemplo.
"Aderir a um programa garante a presença do cliente. Além disso, os programas também facilitam a personalização de ofertas, possibilitando direcionamento para cada perfil de consumidor", completa.
Recente levantamento da Associação Brasileira de Empresas do Mercado de Fidelização (Abemf), que leva em consideração dados de associados como Dotz, Elo, Mastercard, Smiles e Visa, revelou que, no último trimestre de 2020, o número de pontos/milhas emitidos e resgatados registrou um aumento de 23,2% (R$68 bilhões) e 26,2% (R$52,3 bilhões), se comparado com os três meses anteriores (julho, agosto e setembro).
"O fechamento positivo do último trimestre de 2020 aponta não só a capacidade dos investidores se adaptarem à nova realidade do mercado com os programas, mas também dos consumidores brasileiros na hora da compra", finalizou.