Da teoria à prática: Como a psicologia analítica pode transformar vidas?

13-09-2017

Uma conversa descontraída sobre sonhos, símbolos e o inconsciente com o Prof. Cláudio Paixão

A psicologia analítica ou psicologia Junguiana é uma área de estudo e prática da Psicologia. Ela foi desenvolvida pelo psiquiatra e psicoterapeuta Carl Gustav Jung, a partir dos estudos e análises das perspectivas do filósofo William James, (início do séc. XX e final do século XIX), que estudava qual é o sentido da experiência mística/religiosa na vida de uma pessoa. "Quando refletimos esses fenômenos no Jung, estamos tentando compreender como as pessoas dão sentido na sua vida a partir disso e não saber se Deus existe ou não", disse o professor Cláudio Paixão.

"Cláudio é doutor em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (2005), mestre em Ciência da Informação pela Universidade Federal de Minas Gerais (1999), graduado em Psicologia (habilitado em Psicologia Clínica), pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (1994) e bacharel e licenciado em Psicologia pela Fundação Mineira de Educação e Cultura (1993). Atualmente é Professor Adjunto e vice chefe do Departamento de Teoria e Gestão da Informação (DTGI) da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e desenvolve a pesquisa Dimensões simbólicas e afetivas de competências e comportamentos informacionais: construindo um repertório de práticas de investigação na ECI/UFMG." - (Fonte UFMG)

Confira nossa entrevista

Conecta - Como foram os primeiros encontros?

Professor - No primeiro encontro eu frisei na pessoa que foi Carl Gustav Jung. Um cidadão normal com problemas e defeitos reais. Por que? Porque o Jung não foi discípulo de Freud, mas, foi colaborador nas suas obras e quando o ele se separou do movimento psicanalítico, iniciou-se uma "guerra" entre eles. Os partidários de Freud destratam a imagem de Jung dizendo que ele era um místico e um sujeito voltado para os temas religiosos, por outro lado, há um grupo que o defende, colando-o em uma posição de herói. E meu trabalho no primeiro encontro é desconstruir isso e que em momento nenhum ele foi um místico na psicologia que ele concebe. Ao contrário, o Jung não tem nada a ver com tarô ou cristais, embora, ele tenha estudado esses fenômenos (espirituais), a partir da perspectiva do filósofo Americano, William James, do final do século XIX. E voltei a falar sobre isso, no segundo encontro, por questão de perguntas.

Conecta - Para o terceiro encontro, qual é o objetivo?

Professor - No terceiro encontro vamos a prática e saber como é que um sonho é analisado? Como o sonho é trabalhado? Como uma imagem é explorada e como ela pode ser usada como fonte terapêutica? Como uma pessoa, no quadro psiquiátrico ou num quadro neurótico, por exemplo, pode ser avaliado com esses recursos. É um pouco sobre isso que vamos falar.

Conecta - O minicurso é dedicado somente para os estudantes de psicologia?

Professor - Não. Ele foi aberto só para os estudantes de psicologia porque foi uma disciplina voltada para sanar o desejo e a vontade desses alunos de se aproximarem dessa temática. Mas, ele poderia ser assistido por qualquer pessoa de qualquer área, porque o Jung cria uma meta narrativa, uma descrição que se aplica a um cenário muito mais amplo do que aquele em que foi concebido. Então uma meta narrativa pode ser utilizada para ler a cultura, a sociedade, política, então uma pessoa que fosse da comunicação ou do direito poderia colher materiais interessantes da aula, porque o psiquismo está por trás de todas as ações humanas.

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